Semana XXX do Tempo Comum
Dias dos Santos e dos Finados
Reapropriamo-nos das nossas tradições
Todos os anos, no final de Outubro nos centros comerciais, nas papelarias, nas montras, aparecem máscaras e bonecos que representam a morte, chapéus de bruxas e de magos, caveiras de plástico e abóboras... É a festa do Halloween! Conhecida por todos, pequenos e grandes.
Mas que festa é a do Halloween? É uma festa que tem origem americana, que se tornou famosa também em Portugal, uma espécie de Carnaval, onde as crianças para brincar vestem-se de maneira «assustadora».
O Halloween é uma brincadeira divertida, mas... não esqueçamo-lo! - existe a FESTA DOS NOSSOS SANTOS! Temos que dar o justo valor às coisas que nos rodeiam.
No dia 1 de Novembro celebramos a festa de «todos os Santos», uma festa mui-to importante que não podemos esquecer ou menosprezar por causa da falta do «feriado». Nesse dia a Igreja lembra todas as pessoas que estão no Paraíso com Jesus e todos os cristãos que vivem no amor de Deus.
Os Santos não são apenas os que a Igreja apresenta e canoniza pelo exemplo de vida cristã, mas também todas aquelas pessoas que nos precederam no Céu e que se vivermos no amor do Senhor, reencontrar-lhes-emos e, com eles, vive-remos na alegria eterna.
É por esta razão que no dia seguinte, dia 2 de Novembro, lembramos os fiéis «defuntos», vamos ao cemitério, deixamos uma flor na campa e, sobretudo, rezamos por eles.
Gotas de água viva...
XXX DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C
1ª LEITURA: Leitura do Livro do Bem Sirá - Sir 35, 15b-17.20-22a
O Senhor é um juiz que não faz aceção de pessoas. Não favorece ninguém em prejuí-zo do pobre e atende a prece do oprimido. Não despreza a súplica do órfão, nem os gemidos da viúva. Quem adora a Deus será bem acolhido e a sua prece sobe até às nuvens. A oração do humilde atravessa as nuvens e não descansa enquanto não chega ao seu destino. Não desiste, até que o Altíssimo o atenda, para estabelecer o direito dos justos e fazer justiça.
Salmo responsorial: Salmo 33
O Senhor ouviu o clamor do pobre
2ª LEITURA: Leitura da segunda Epístola do apóstolo S. Paulo a Timóteo - 2 Tim 4, 6-8.16-18
Caríssimo: Eu já estou oferecido em liba-ção e o tempo da minha partida está imi-nente. Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. E agora já me está preparada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me há-de dar naquele dia; e não só a mim, mas a todos aqueles que tiverem esperado com amor a sua vinda. Na minha primeira defesa, ninguém esteve a meu lado: todos me abandona-ram. Queira Deus que esta falta não lhes seja imputada. O Senhor esteve a meu lado e deu-me força, para que, por meu intermédio, a mensagem do Evangelho fosse plenamente proclamada e todas as nações a ouvissem; e eu fui libertado da boca do leão. O Senhor me livrará de todo o mal e me dará a salvação no seu reino celeste. Glória a Ele pelos séculos dos séculos. Ámen.
Aclamação do Evangelho
Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo e confiou-nos a palavra da reconciliação.
Evangelho segundo São Lucas - Lc 18, 9-14
Naquele tempo, Jesus disse a seguinte parábola para alguns que se consideravam justos e desprezavam os outros: «Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro publicano. O fariseu, de pé, orava assim: ‘Meu Deus, dou-Vos graças por não ser como os outros ho-mens, que são ladrões, injustos e adúlte-ros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de to-dos os meus rendimentos’. O publicano ficou a distância e nem sequer se atrevia a erguer os olhos ao Céu; mas batia no peito e dizia: ‘Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador’. Eu vos digo que este desceu justificado para sua casa e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».
Reflexão
Humildade não é humilhação
A humildade não tem nada a ver com a humilhação. A humildade é a verda-de da tua vida. Aquilo que sou, sou pela graça de Deus. Portanto, a humildade consiste em saber reconhe-cer os meus recursos, mas também os meus limites.
Frequentemente confundimos a glória de Deus com os nossos sucessos. Con-fundimos muitas vezes a humilhação, o egoísmo, o medo de enganar com a verdadeira humildade. Chegou o mo-mento de fazer brilhar as qualidades que Deus nos deu.
Uma pequena história para a alma
Basta um pouco de prata
«Rabi, o que acha do dinheiro», per-guntou um jovem ao mestre.
«Olha para a janela o que vês lá fora», disse o mestre.
«Vejo uma mulher com uma criança, uma carroça puxada por dois cavalos e um camponês que vai ao mercado».
«Muito bem. E agora olha o que vês no espelho».
«O que achas que estou a ver Rabi? Vejo a minha cara».
«Agora pensa: a janela é feita de vidro e o espelho também. Mas basta um finíssimo estrado de prata sobre o vidro e o homem vê só a si mesmo».
Estamos rodeados de pessoas que trans-formaram as janelas em espelhos.
Pensam que estão a ver lá fora, mas continuam a contemplar a si mesmos. Não deixes que a janela do teu coração se torne um espelho.
Oração
É-me extremamente fácil ocupar o lugar melhor, pôr-me em primeira fila, procurar atrair a atenção dos outros. É me extremamente fácil desprezar,
criticar e falar mal, mostrar as minhas qualidades, apontar com desprezo os que são diferentes, sentir-me superior.
Mas como é difícil, permanecer humilde, deixar os primeiros lugares e escolher de ficar para trás!
Como é difícil viver à sombra, fora dos projetores e dos flash; ser justo, aberto e generoso, apreci-ando as capacidades do outro.
Ajuda-me, Senhor, a não envaidecer e a fazer crescer em mim o espirito de humildade, para alcançar a verdadeira alegria.
Ámen.
Para os mais pequenos...
Como nasceu a flor do Crisântemo
Uma mãe e uma criança viviam numa casa no bosque. À volta da casa cresciam flores bonitas. Quando chegou o inverno, todas as flores morreram. Só uma flor ficou viva porque a menina tinha-a guardada em casa. A mãe adoeceu e a menina ofereceu a flor à Nossa Senhora para que curasse a mãe. A Nossa Senhora disse à menina: conta as pétalas da flor que me ofereceste, a tua mãe viverá o mesmo número de anos. A menina contou as pétalas, mas eram poucas. Então pegou numa tesoura e cortou as pétalas em muitas fitinhas. As pétalas tornaram-se muitas. E a Nossa Senhora comoveu-se e a mãezinha viveu por muito tempo. Foi assim que nasceu o crisântemo.